domingo, 24 de agosto de 2008

Carol Castro cai no samba na quadra do Salgueiro, no Rio

Atriz se diverte ao lado de passistas e da atual rainha de bateria da escola carioca, Viviane Araújo

Carol Castro, que está no ar em "Beleza Pura" e em cartaz com a peça "Dona Flor e Seus Dois Maridos", aproveitou uma brecha na agenda para curtir, na noite deste sábado, 23, o ensaio na quadra do Salgueiro, Zona Norte do Rio. A atriz, que já foi rainha de bateria da escola, caiu no samba junto com passistas e com Viviane Araújo, que é quem desfila à frente dos ritmistas em 2009.

Anderson Borde/Ag. News

Carol Castro cumprimenta a passista e, literalmente, veste a camisa da escola

Anderson Borde/Ag. News

E mostra todo o seu samba no pé ao lado dos integrantes do Salgueiro e da atual rainha, Vivi Araújo

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um mundo de coisas Paracuru acumula registros lamentáveis na política do momento atual


1-Ameaças graves circulam nas linhas telefônicas de orelhões ou com números retidos em aparelhos celulares. O primeiro advertido ou ameaçado foi o pastor Galba Freire, coordenador do movimento de renovação política.
Depois,vieram o educador, radialista e candidato a vereador José Xavier Moreira; o serventuário de justiça e líder comunitário Bartolomeu Acácio Pontes e, já agorinha, o também candidato a vereador Militão Carvalho e Jackson Carvalho.

2-Sindicalismo rural encara uma onda de boatos plantados em setores da opinião pública, visando à desestabilização de suas lideranças. Acusa-se a presidenta e a secretária do sindicato de tentativa de desvio de verbas em torno de R$ 20 mil, mas que não teria dado certo. O peso político desta entidade é a espinha no gogó de muita gente. A presidenta concorre a reeleição daqui a algumas semanas e a secretária é candidata a vereador pelo PC do B.

Não faz muito tempo, o município denunciou ao Conselho Regional de Odontologia condições impróprias do consultório que mantinha credenciado no sindicato, tendo aquele determinado seu fechamento. Apesar dos pesares, a esterilização do instrumental odontológico do atendimento absorvido pelo poder público continuou sendo feita, por bom tempo e diariamente, na autoclave do sindicato...

3-Incitamento de grupo de pessoas envolvidas em comício realizado no bairro Coréia, com articulação de ameaças de agressões físicas, cumuladas com grave danificação do carro particular ocupado pela mãe e filho intimidados, passou por registros de ocorrências na delegacia de polícia, inclusive com assistência de empresa seguradora. Por ter havido prejuízos morais, pelo violação de direitos e garantias individuais, e ainda danos em propriedade móvel privada, sob cobertura, o caso deverá ter deslinde na justiça.

Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008_frente&verso

Atos falhos "Votem nesta pessoa que estou indicando, porque não haverá perigo de atrasar nada, vai continuar tudo em dia. O dinheiro vai continuar bem empregado, para ajudar vocês, ninguém vai meter a mão no cofre, como no tempo daqueles (...)"Aí foi dita uma palavra muito forte e agravante, que alguém em senso normal jamais deveria voltar a pronunciá-la. Porque nenhum aliado, mesmo ex-adversário, gostaria de voltar a escutá-la. Como não gostou. Para quem estava no palanque e na platéia foi um vexame e um mal-estar só, porque o líder insultado tinha sido recebido pelo povo, na chegada da comitiva, com muito mais simpatia do que os (as) próprios (as) candidatos (as). Este mesmo desagrável fato já se havia registrado em dois outros momentos impróprios: na confraternização da aliança política, em clube de praia, e na solenidade de concessão de títulos de cidadania na câmara de vereadores.

Comícios sem graça Com o fim do abadá boné-camiseta para os eleitores e das bandas, -- com suas centenas de agudos decibéis e a sensualidade dos/das dançarinas de palco, -- desapareceu mesmo a graça dos comícios políticos. Não se nota a presença espontânea da juventude e as poucas pessoas que comparecem, na sede e nos distritos, são transportadas pelos partidos e/ou arrebanhadas pelos cabos eleitorais. Nem distribuição de brindes outros pode haver mais abertamente, porque é enorme a possibilidade de denúncias à justiça eleitoral. As palmas são puxadas por claquetes de pouco mais de uma dúzia de portadores de bandeirolas e só. Os demais assistentes ficam de braços cruzados, meio indiferentes, ou vão debandando e saindo de fininho antes do término da falação de tantos candidatos que querem cada vez mais trabalhar pelo povo.

Transporte sem lei Paracuru ainda não tem uma legislação própria que regulamente concessões de linhas e o transporte coletivo e de carga. É tudo muito direcionado politicamente e não administrativamente, desestimulando pequenos empresários que pretendessem explorar linhas distritais com eficiência.
Demanda existe, porque nas áreas onde há atendimento só de ida/volta por dia, picapes quebram o galho do povo em cima das carrocerias abertas ao poeiral, secundadas pelas mototáxis ajustadas de acordo com a cara do freguês. Num caso ou noutro não há tarifa fixada pelo município.
Na sede há alguns autotáxis que vez por outra são ameaçados de descrendenciamento, por discordâncias também políticas. E onde a cobertura é quase nenhuma, muita gente é conduzida até pelos veículos de transporte exclusivo de professores e estudantes, como a coisa mais normal do mundo, certamente por determinação ou autorização superior.
No mais, é pedalar bicicletas, para as quais também não há regulamntação, sequer se exigindo sinalizadores refletivos ou luminosos, mesmo trafegando perigosamente à noite nas margem das rodovias.
Cargas de gente Como fato de época, sem óbvia fiscalização do poder público municipal e ainda não alcançado pela isenta Companhia de Policiamento Rodoviário - CPRV, de jurisdição estadual, camionetas e caminhões de colaboradores de partidos políticos passam de ida e volta, toda boquinha da noite, nas saídas da sede, apinhados de gente, sem mínima segurança, para dar número em comícios de pelo menos duas coligações. Não é pau-de-arara, não, pois não há varas para o povo se agarrar. É carro de carga, mesmo! E assim se pretende tudo igual "no mesmo barco, no mesmo mar; na maré mansa, na preamar"...

Quanto mais carro, mais gente O ministro José Pimentel, da Previdência Social, que tem Paracuru como um dos seus redutos eleitorais, deveria, dia 29, vir inaugurar o ginásio poliesportivo construído com recursos conveniados, por si intermediados na área federal, no final do exercício de 2007. Sua agenda incluía em Fortaleza a recepção, dia 28, de título de cidadania da Assembléia Legislativa, remarcada para final de outubro.
Segundo o prefeito José Ribamar Barroso Batista, o "seu" Ribeiro, o ministro remarcou sua presença aqui "para dia 28, que é uma sexta-feira, em vez de 29. "Eu achei até melhor, porque é o dia que a gente tá mais desocupado, os carros estão mais desocupados, eu quero realmente fazer com muita gente, ser uma coisa bonita uma inauguração, porque é o primeiro poliesportivo que tem no Paracuru, que é inaugurado no Paracuru. Eu quero realmente trazer muita gente pra gente mostrar à população realmente o que foi feito.
Mentirosos na oposição E prossegue o prefeito: "Porque tem muito mentiroso por aí. Os mentirosos podem até inventar que foi eles, ninguém sabe. Que esse povo mente, botaram agora um bocado de mentiroso nessa (?) de oposição que num tem uma coisa verdade que eles falam". O entrevistador do programa, ao final, consertou a data de inauguração para 30, que é sábado, quando os veículos oficiais estarão realmente livres, livres, para ir buscar o povo em todo canto.

Segunda-feira, 18 de Agosto de 2008_frente&verso


Bolsa Família cai do céu para a politicagem
Dez por cento do povo de Paracuru deverá ir gravar senha em Caucaia

Se não houver intervenção administrativa e/ou logística da Caixa Econômica Federal, como paraestatal privilegiada do serviço público nacional e obrigada a facilitar a vida dos cidadãos, -- exatos 3.810 titulares dos novos cartões do benefício social Bolsa Família, residentes na sede e nos distritos do município de Paracuru, Ceará, Brasil, deverão deslocar-se a sua agência no município de Caucaia, para validar as respectivas senhas. Esta é a ordem. Esta é a norma.

A ECT não informa muita coisa, porque "nossa obrigação é apenas entregar os cartões". O posto credenciado da Caixa em Paracuru, que é uma agência lotérica que realiza todas as operações comuns à Caixa, diz, pela voz do cessionário e dos seus funcionários, que "aqui não dá pra desbloquear os cartões do Bolsa Família, porque os portadores precisam de gravar as senhas lá mesmo".

Em situações que se pudessem considerar normais, cada um (uma) desses (as) cidadãos (ãs) gastaria R$ R$ 8,50 de ida e R$ 8,50 de volta, que não se faz diferença de tarifa entre ir para Caucaia ou Fortaleza e vice-versa.

Para agüentar o incômodo da exposição ao sol, em filas externas ao prédio da Caixa aberta, somem-se os custos de aquisição de água em garrafas, cada a, no mínimo, R$ 1,00; uma merendinha na chegada e uma quentinha aí pelo meio-dia, que ninguém é de ferro e não dá pra segurar a fome até de tardezinha, que este não é o hábito de casa. E se não for sozinha a dona de casa e tiver que carregar um ou dois meninos pequenos?

Deu 11 horas, tem que comer bem. Ou muito. E se todo o sacríficio for compensado, -- queira Deus! pra não ter que voltar no outro dia e fazer tudo do mesmo jeitinho. E as mesmas despesas também.


As 3.180 pessoas que estão informadas e orientadas a ir e vir entre Paracuru e Caucaia, que iriam gastar uma parte do Bolsa Família para validar uma simples senha, representam seus 6.839 dependentes, no total de 10.649 pessoas, segundo a tabela recebida da Caixa pelo Frente&Verso. Estes números são algo parecido com quase 10% da população do município, no primeiro caso; e quase 30%, no segundo caso. Paracuru tem algo acima de 30 mil habitantes.

Ah!, mas que grande sorte este povo estar dentro de um período eleitoral, com todos os controles possíveis e imaginários do TSE e Receita Federal, até identificando os "santinhos" com CNPJs dos candidatos e das gráficas.

Dentro de toda legalidade e legalismo, os 3.810 titulares dos Bolsa Família de Paracuru não poderiam ser transportados por favores de políticos em plena campanha. Mas deverão sê-lo, porque as promessas estão na praça. São mancadas como esta, do serviço público, que se louvam como caídas dos céus.

Para eleitores que foram amestrados a pedir, um alívio no bolso, quase uma segurança paternal; para políticos, uma simples fase rumo às urnas, que assim se acostumaram na escalada da falácia e da enganação.


Será que esta história de beneficiário de Bolsa Família sair de casa, aos trancos e barrancos, para validar a senha de um cartão bancário, a quase 100km de distância, vai ocorrer só no Paracuru, Ceará, Brasil, mesmo havendo na cidade uma cessionária da Caixa que paga, recebe, quita,joga etc.? Que também tem um Banco do Brasil, uma agência da ECT representante do Banco Popular do Bradesco? Ou está a ocorrer em todos os municípios brasileiros em idêntica situação? É uma porta escancarada para o clientelismo?

AVE, MARIA! Apesar da forte influência da presença estrangeira na costa oeste do Estado nos últimos 20 anos, estando ela no imaginário da juventude como fuga para uma vida melhor e de menos aperto, notam-se poucos nomes de outras origens entre os jovens e os infantes do Bolsa Família neste município. A tradição religiosa ainda domina.


Entre os 10.649 listados no relatório da Caixa, em Paracuru, 2.357 são Marias, 614, Franciscos; 479, Franciscas; 380, Josés; 296, Antônias; Jooões, 135: e Conceição, 135.Claro que há Michel, 21; Bernardo, 21; Érica, 10 e apenas dois José Ribamar. E não poderiam faltar o duvidoso gosto de pais modernosos, onde se pinçam Yngredy, Arianny, Mayrlla, Eriklys, Amisterdaly, Wellery Charllys, Weley Christian, entre poucos outros...

Sexta-feira, 8 de Agosto de 2008

LICENÇA CONTESTADA DA SEMACE, MONTANHAS DE AREIA-GROSSA, COROA DO CURU E UMA AUDITORIA TÉCNICA DEPOIS DE TUDO

A constatação feita pelo Frente&Verso, sobre a irregularidade da licença concedida pela Semace à prefeitura de Paracuru, para extração de areia no estuário do rio Curu, já provocou troca de e-mails e encaminhamento de providências no âmbito do Governo do Estado.

O chefe de gabinete do governador Cid Gomes, Ivo Ferreira Gomes, às 10h05min de 01/08, determinou ao superintendente da Semace, Herbert de Vasconcelos Rocha, analisar o problema.

Cinco dias depois, esta autoridade determinou ao coordenador do COPAM, Arilo dos Santos Veras Júnior, "nova fiscalização (preferencialmente de um geólogo) para verificar a pertinência da autorização ambiental emitida".

Como resultado, foi designado o geólogo Pedro Wilson Vasconcelos, para realização de inspeção técnica no local.

As duas últimas autoridades é que assinaram a autorização contestada por este blogue. Não ficou claro quais os fundamentos técnicos e legais para emissão inicial do documento, em abril último, sem maiores cautelas, tampouco quem teria determinado a fiscalização extraordinária logo após a nossa documentada e ilustrada denúncia.

Das fontes locais de informação, soubemos que a equipe auditora não encontrou documento que justificasse a licença, no local, vai à delegacia com o tratorista e aparecem o prefeito e o secretário do meio ambiente (?) locais munidos do tal papel, "com cópia para quem quiser".

Não faz muito tempo, a área já foi notificada e lavrada multa pelo IBAMA, o que caracteriza reincidência. Pela lógica, o laudo geológico deveria ser antecedido de parecer sobre legalidade, com recomendação suspensiva ou anulatória.

Algo como 5.000 (CINCO MIL) CARRADAS de areia totaliza a extração pretendida e anunciada, que está sendo deslocada para Paracuru e Paraipaba por carros de serviço público ou vinculados por prestação de serviços/locação e também por particulares, cujos locais de descarregamento são notórios e badalados, tanto de lá como de cá e pelos que agradecem sua recepção.

O que é coroa ou croa? Coroa, ou croa, é uma palavra com 21 sentidos específicos e entra na formação de pelo menos 19 expressões na astronomia, anatomia, religião, biologia etc. Neste caso, segundo o Aurélio, baixio, persistente ou temporário, produzido por aluviões, nos estuários e no baixo curso dos rios e lagoas; croinha.

Croa dos Pinhões, que integra a área de proteção do estuário do rio Curu e donde sai a areia sob questionamento de autorização viciada e uso indevido, deve a denominação, por certo, à presença do vegetal com este nome, o pinhão-brabo, de cor verde; e o pinhão-roxo.

E os pinhões? Nos rituais dos cultos afro-brasileiros, o pinhão-branco é aplicado em banhos fortes misturadas com aroeira, possuindo o grande valor de quebrar magias e em algumas ocasiões substituir o sacrifício de Exu. Suas sementes são usadas pelo povo como purgativo. O leite encontrado por dentro dos galhos é de grande eficácia colocado sobre a erisipela; possui uma nódoa que mancha tecidos.

Quanto ao pinhão-roxo, --
pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo -- possui as mesmas aplicações nos rituais do pinhão-branco, além de ser poderoso nos banhos de descarrego e limpeza, também em sacudimentos domiciliares, usando-se os galhos. Não possui uso popular. Crendices levam muitos a plantarem o pinhão-roxo na parte fronteira das casas e propriedades, para protegê-las de energias negativas.

A ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca. É da família das carrapateiras nordestinas e dos carrapatos (vegetais, os roxos).


O começo de uma lenda Correu de boca em boca, na costa do Paracuru, o encalhe de um imenso veleiro. Depois, já um pouquinho menor: um iate. Os primeiros que acorreram ao local se decepcionaram com o visto e os novos relatos desestimularam a curiosidade popular. Pique Y MA, numerado 7537, maltratado barco de fibra de pequeno porte, tripulado por um ucraniano, colidiu, manhã de ontem, durante a maré alta, com o banco de pedras da praia do Vapor, a 8km do centro de Paracuru. Bastante inquieto e amargando o fim do seu plano de viagem, posto água abaixo por um cochilo, disse, em francês arrastado, ser refugiado político asilado na França, onde mora há alguns anos. Vindo da Europa, possivelmente via Cabo Verde, -- sabe Deus como! -- pensava em encontrar um lugar de paisagem nativa da costa nordestina, para refazer-se do cansaço. Seu destino seria Caiena, a capital da Guiana Francesa, na fronteira do Norte do Brasil. Esteve no local do sinistro o presidente da colônia de pescadores, que não domina a língua do náufrago, mas tomou a iniciativa de comunicar o fato à capitania dos portos. A embarcação não tinha motor nem qualquer instrumento de navegação, mas apenas duas pequenas velas de tecido com uma simbologia desconhecida, um remo e a ajuda das correntes marítimas. O seu tripulante, já menos tenso, selecionava alguma roupa em meio a um amontoado de panos, frascos e latas que forravam o barco. Não demorou muito e foi-se embora para Fortaleza. Não há conhecimento de algum registro oficial da ocorrência no município. Soube-se que o ucraniano revelou não dispor de dinheiro suficiente para deslocar-se para o exterior de avião. Não perguntaram ao náufrago, de presumíveis 50 anos de idade, o seu nome, mas não poderá deixar de ser Aleksander, Serguei, Ivan, Andrei, Viktor ou Igor, que são os quase únicos nomes dos homens no seu país de origem. A partir destes fatos inusitados se formam novas lendas que passarão a freqüentar o imaginário popular...

Quinta-feira, 7 de Agosto de 2008 _ frente&verso

Esta primeira semana do agosto político de Paracuru passa ao largo de crendices em coisas fantásticas e do apego supersticioso em que alguns se envolvem, por achar que a sorte se esconde nas encruzilhadas dos caminhos da vida.

No princípio, cadastraram-se quatro candidatos ao cargo de prefeito: Érica de Figueiredo der Hovannessian, como representante do poder instalado; Luís Bernardo da Silva Filho, Francisco Lauro Gomes e Raimundo Sebastião do Nascimento. Lauro e Raimundo foram considerados aptos logo, logo; Dr. Bernardo, inapto, por conta de pendências processuais. Hoje amanhece apto, por decisão da justiça eleitoral em recurso interposto

Érica ainda continua até este instante como apenas Cadastrado, em decorrência de rumorosos processos de impugnação que apontaram para protecionismo da máquina pública e pretensa convivência com o chefe do seu partido, PP, e apoiador de há muito tempo, o prefeito José Barroso, conhecido como Ribeiro.

Por conta disso, o fórum funcionou 18 horas ininterruptas das 10 de 31 de julho às 04 de 1.º de agosto. Fato inédito na história forense da região do Curu. Se as provas coligidas, testemunhais e documentais, inclusive, não forem bastantes para formação de convencimento de quem cabe julgá-las, Érica se tornará apta a disputa nas próximas horas ou dias, já que o prazo último é 16, aberto a recurso.

Como se reposiciona o cenário político com a volta de Luís Bernardo, só as próximas semanas dirão. Lauro Gomes devolve parte do espaço que ganhara com a impugnação de Bernardo.

Não pode haver polarização em três pontos simultaneamente. Se Sebastião é apenas um concorrente histórico, o somatório de votos de oposição ao poder dominante, investidos em Bernardo e Lauro, poderá favorecer uma candidatura situacionista.
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Os projetos de assistencialismo presentes na estrutura dos serviços públicos brasileiros, recebidos pelo povo humilde como dádiva e bondade dos gestores, ainda são o forte na formação da imagem da maioria dos políticos pelo interior a dentro, infelizmente.

A ousadia com que se manipula escancaradamente a máquina pública neste país, quase sem ações coercitivas e/ou punitivas, transforma esoertalhões em heróis, porque a demonstração de força e poder, na cabeça dos simples, é uma senha para eternização de mitos tipo acabado de quem manda mais, manda mais...

Terça-feira, 5 de Agosto de 2008 _ frente&verso

Segunda audiência sobre impugnação de candidata começou 'inda agorinha

Às 10 horas de hoje, a juíza eleitoral de Paracuru instalou audiência para apresentação de provas documentais pelo ministério público e partidos que se apresentaram como impugnantes do registro de candidatura a prefeito de Érica de Figueiredo der Hovannessian, representante da coligação Unidos pelo Paracuru e pretendente a sucessão do prefeito em fim de mandato, José Ribamar Barroso Batista, o seu Ribeiro.

A primeira audiência sobre estes processos de impugnação se desenrolou, sem intervalos, das 10 da manhã de 31 de julho, quinta-feira, às 4h da madrugada do dia 1.º de agosto, sexta.

Concentram-se as alegações dos impugnantes em dois pontos distintos: 1) possível uso da estrutura do sistema administrativo municipal para ampliação da imagem pública da então pré-candidata Érica der Hovannessian: e, 2) existência de relação estável do prefeito Ribeiro e a ora candidata Érica, sob provas testemunhais, que estaria sendo disfarçada, nos últimos meses, pela manutenção de distância entre os dois, dados os atuais interesses eleitorais.

Afora a juntada de peças pelos impugnantes, ouvem-se várias pessoas cujos nomes tenham sido mencionados por testemunhas na audiência anterior e dadas como conhecedoras da relação de convivência, antes d'agora, entre o prefeito e a candidata.

Ao todo, mais de vinte testemunhas de ambos os lados foram interrogadas, sendo a maioria das partes impugnantes.

Finda esta fase e até o dia 16, como prazo final previsto na legislação eleitoral, a juíza dará seu veredicto.

Expectativa Um grupo restrito, vinculado ao chefe da municipalidade, permaneceu do começo ao fim da primeira audiência, no salão de entrada do fórum, constantemente visitado por correligionários. Presume-se a repetição.

Do lado de fora do prédio, na alameda da Rua São João Evangelista, formam-se pequenos grupos de pessoas, entre acompanhantes e curiosos, do começo ao fim do dia.

Processos e processos Por ter afirmado que a posição de Ribeiro em empenhar-se no direcionamento da então anunciada pré-candidatura a prefeito da professora Érica de Figueiredo der Hovanessian lembrava Juan Domingo Perón e sua amada Evita e também o ex-presidente da Argentina, Nestor Carlos Kirchner, que transmitira o seu cargo à esposa e vice Cristina Fernandez de Kirchner, -- o educador José Xavier Moreira responde a processo por difamação, intentado por Ribeiro em 18 de março deste ano.

Se a conclusão judicial sobre o presente feito não for adversa à candidata sob impugnação, Ribeiro poderá vir a processar todas as testemunhas que afirmaram sua pretensa convivência com ela, segundo se comenta nos corredores do poder e nos pontos de relacionamento social da cidade.